10 de março de 2010

Poderia nunca vir a sentir tudo o que estou a sentir por ti agora, mas sinto. Nunca ninguém ousou dizer tão maior verdade que quando disse que só damos valor a certas coisas depois de as perdermos; tal como que, quando atingimos tudo aquilo por que sempre lutámos, deixamos de querer tudo isso. Confiava em ti e no amor que dizias sentir por mim há um ano, confiei ao ponto de não ter medo que tudo o que se estava a passar fosse a escassez do nosso amor a surgir-nos. Sempre senti que era muito mais que apenas namoros sem significado, senti-o de tal forma que disse-te coisas que nunca disse a mais ninguém. Por mais que tivéssemos longe, eras a única certeza que eu tinha. Tenho mil e um sentimentos de revolta, mais magoada que estou seria impossível. Estou cansada, e tu eras a minha única esperança. Quando a revolta e sofrimento se apoderam de mim, não sou mais palavras, não sou mais frases, não sou mais inspiração, sou somente lágrimas e apertos no coração. De lágrimas a escorrem-me facialmente, de desgosto e de medo, estou aqui a pensar em ti. Quero escrever, mas tiras-me as palavras com a vontade de chorar. Descobri que dependo de ti e já nem te tenho.

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