29 de março de 2011


28 de março de 2011

vale mais que mil palavras ;)
One more time here, aqui fundindo os meus pensamentos com as folhas de papel, num dilema, dilema este que me dói e cansa. mas desta vez será diferente, não vou chorar por dentro e escrever para mim, vou dar-te o meu tormento em prosa, já que és o protagonista desta minha motivação. das mil vezes que fico triste, em 998 acabo a pensar em ti, e provém daí a tal necessidade que julgas loucura de te querer próximo de mim. não me tomes como descontrolada, controlei-me até hoje, mas agora preciso de te explicar toda a necessidade que tenho de te ter presente. a diferença está no simples facto de provirmos de mentalidades distintas. viveste para mil, eu vivi para ti; viveste com mil, eu vivi contigo. do you understand me? vincaste mais a minha vida que eu a tua, pois tu fizeste a diferença! (...) e para variar sufocas-me as palavras.

14 de março de 2011

« O que eu mais gosto no amor é que, quando é a sério, cabe tudo lá dentro. A paixão, o desejo, o pulsar das almas e a serenidade dos pensamentos, a vontade de construir outra vez o mundo à imagem e semelhança do que sentimos, a paz dos regressados e a poesia das folhas brancas que cada dia esperam a doçura das palavras e a certeza das ideias.
O amor é mais do que querer, desenhar, sonhar e amar. É partilhar a vida inteira, numa entrega sem limites, como mergulhar no mar sem fundo ou voar a incalculáveis altitudes. O amor é muita coisa junta, não cabe em palavras nem em beijos, porque se leva a sim mesmo por caminhos que nem ele mesmo conhece, por isso quem ama se repete sem se cansar e tudo promete quase sem pensar, porque o amor, quando é a sério, sai-nos por todos os poros, até quando estamos calados ou a dormir (...) Não há nada melhor do que estar apaixonado. Nem pior. Primeiro estranha-se, depois, entranha-se. A paixão dá para tudo. Para rir e chorar, fazer confidências, namorar ao luar a beber coca-colas de lata e sentir-se mais feliz do que se se estivesse numa suite. Do trigésimo andar do Pierre em Manhattan a beber Don Perignon.
Estar apaixonado é um estado de graça e de desgraça. Tira o sono e dá speed. Rouba a fome e mata a sede. Perde-se a noção do tempo, espaço, até do ridículo. Ganha-se força, vontade, desejo e anos de vida. Estar apaixonado é investir uma fortuna que demorou anos a amealhar num negócio de alto risco. E ainda por cima fazê-lo conscientemente. Porque a paixão é melhor do que qualquer bebida, droga ou paraíso terrestre. Uma pessoa apaixonada vai onde quer porque passa de repente a desconhecer os seus limites. Vê-se sem perceber bem como a fazer coisas impensáveis (...) Amar é outra coisa. É dar sem pensar, é sonhar o dia todo acordado e dormir sem nunca adormecer, é galgar distâncias com agilidade e destreza, é viajar sem sair de casa, escolher livros e programar surpresas, namorar o telefone à espera que ele toque, acordar depois de duas horas de sono com cara de bebé, sentir que somos invenciveis e que a perfeição está tão perto. »

Margarida Rebelo Pinto