Peguei numa caneta, senti que tinha muito para escrever. Este passo de digitar a primeira letra aterroriza-me o coração. Os meus músculos não sabem transmitir os estímulos individualmente, a vontade é transmitir um pensamento com um risco. Um risco diz muito mais que uma sequência de pontos e outras vezes, muito mais que tentativas falhadas de dizer algo que jamais alguém perceberá, coisas que jamais saberei exprimir. Sinto-me aos riscos, umas vezes a cores, outras a preto e branco ou com formas e efeitos. Falar de mim hoje é contradizer-me amanhã. Há dias em que só a água me mata a sede, outros em que apenas o leite o fará. Que vontades são estas e de onde vêm? Qual é a razão pela qual mudo assim constantemente? Porque é que tanto quero alguém de verdade, em que quero amar e ser amada, estar estável e estabilizar alguém... e de um momento para o outro já não quero ninguém, não tenho vontade de ninguém, não tenho paciência para ter alguém?
23 de junho de 2012
8 de junho de 2012
1 de junho de 2012
Ainda bem que exististe, ainda bem que ainda fazes diferença no meu inútil dia-a-dia; quando apenas me sento a almoçar ou jantar, a olhar pela luz que ilumina a minha cozinha, sem ver ninguém, apenas pessoas. Sem ti no meu coração, os meus dias eram passados assim, sem olhar ninguém relevante na minha vida, sem ver com amor e a garra que tu, onde quer que estejas, me transmites e pedes que tenha. Eu sei que falho, sei que continuo a fazer as mil e uma coisas que me pedias para deixar de fazer. Apesar disso, sei que és quem nunca desistirá de mim. A minha inspiração cada vez é mais escassa e és tu quem me dá os picos de maior motivação. Os motivos que me fazem letrar pontos são todos devido a ti, por existires dentro de mim para sempre. Nunca pensei perder-te. Heroína defensora e tão exigente. E às vezes páro, fecho os olhos e desejo que apenas me toques e me digas "estou aqui"...
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