23 de junho de 2012

fases

Peguei numa caneta, senti que tinha muito para escrever. Este passo de digitar a primeira letra aterroriza-me o coração. Os meus músculos não sabem transmitir os estímulos individualmente, a vontade é transmitir um pensamento com um risco. Um risco diz muito mais que uma sequência de pontos e outras vezes, muito mais que tentativas falhadas de dizer algo que jamais alguém perceberá, coisas que jamais saberei exprimir. Sinto-me aos riscos, umas vezes a cores, outras a preto e branco ou com formas e efeitos. Falar de mim hoje é contradizer-me amanhã. Há dias em que só a água me mata a sede, outros em que apenas o leite o fará. Que vontades são estas e de onde vêm? Qual é a razão pela qual mudo assim constantemente? Porque é que tanto quero alguém de verdade, em que quero amar e ser amada, estar estável e estabilizar alguém... e de um momento para o outro já não quero ninguém, não tenho vontade de ninguém, não tenho paciência para ter alguém?

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