Procuramos sempre alguém. A vida é isso mesmo: procurar. Encontrar nem sempre é uma certeza, mas a minha fé permanecerá até que um dia os meus olhos se deitem e se arrumem no céu. Acreditar é ter fé. Acreditar é encontrar, nem que seja somente dentro do nosso coração. Por vezes, as coisas simples e mais intensas são as mais fáceis de ter e tropeçamos nelas todos os dias, sem perceber o seu valor e o modo de como poderíamos ser tão felizes se apenas as procurássemos a elas. Talvez se deva ao carácter sôfrego e incompleto deste ser humano. Este querer ter porque não tem, este sufoco e ânsia pelo que poderá encontrar. Eu gostava de viver completa, sentir-me completa com estas coisas simples nas quais tropeço diariamente. Não sei se será fácil um dia sentir-me desumana ao ponto de já não querer encontrar mais, viver apenas à espero do que o mundo tem para me dar e guardar no coração todas as pedras, em que todos tropeçam, abandonadas pelo chão.
30 de maio de 2012
29 de maio de 2012
recruta intelectual
Até podia começar a introduzir uma história de amor eterno,
algo fascinante ou até mesmo alucinante. Não vou enganar a minha folha de
papel, não vou contar contos que acabam bem, nem falar de princesas que amam
sapos. Esta noite será apenas do que vejo e sinto, do que realmente me
circunda, prende, abafa e me escapa à compreensão. Algo de concreto que não passa
de alucinação. «Seja como for», sol ou lua, um peixe nos oceanos ou um grão de
areia no deserto; seja algo conhecido, “igual” a muitos mas intocável. Aquele é
inalcançável. Para mim seria sempre culpa de quem tenta pegar, de quem quer
alcançar. O mal é sempre dos outros, dos que não partilham das mesmas ideias
que eu, pois enquanto penso e defendo o que penso, não sairei desta bola de sabão
que não passará dos meus «acho's» e «não acho's». Tenha sido ela uma recruta
intelectual, uma ventania de outros pensares, uma reflexão introspetiva
assimétrica às minhas ideias, «whatever»… Mudasti! Afinal, trata-se de
um coração inalcançável e cheio de receios.
19 de maio de 2012
Não me esqueci de ti
Hoje preciso de escrever para alguém, preciso de espirrar palavras e esperar que alguém as sincronize. Escolhi-te a ti. Espero que não fiques atordoado, agarra-as e encontra o significado que, mesmo sem te dizer, eu quero que encontres. Não tenhas medo de errar, tens o direito de achar e de criares o teu próprio critério; o que me importa é que dês asas e abras caminho às coisas vazias e desatinadas que vou pensando e dizendo. Gostava de saber de ti, se estás bem, deitado ou na praia; se estás a namorar, a escrever ou simplesmente a meditar sobre a tua última semana. Ainda assim sei, que apesar de me reconfortar saber de ti, devia apenas imaginar, criar e montar peças que te construam na minha cabeça, sem que te incomode de alguma forma.
Sempre pensei que fosse difícil escrever para alguém que esteja longe da minha rua e das minhas caminhadas. Tu gostas de ser diferente. Não consigo dormir e sentia que algo me estava a destabilizar e a impedir de poder sonhar. A minha primeira ideia foi escrever. Para quem? E apesar de centenas de pessoas passarem por mim diariamente, foste tu quem eu fui buscar para me inspirar e para ler as coisas absurdas que penso.
Sinto falta de alguém como tu na minha vida; alguém com quem partilhar este bichinho tão humano e insuportável que há em mim, alguém que não me faça sentir sozinha quando desatino com os lençóis, ou mesmo alguém que me diga que é tão instável quanto eu. Preciso de alguém que me corrija; de alguém complicado que simplifique as coisas mais inatas e que as deixem viver da mesma forma que eu.
Preciso de alguém como tu
Preciso de alguém como tu
5 de maio de 2012
4 de maio de 2012
avó
Há momentos que me tiram as palavras de tanto me apertarem o coração. Lembre-se que a irei sempre defender até chegar a minha vez de morrer, avó.
I love and miss you so much!
1 de maio de 2012
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