29 de maio de 2012

recruta intelectual


Até podia começar a introduzir uma história de amor eterno, algo fascinante ou até mesmo alucinante. Não vou enganar a minha folha de papel, não vou contar contos que acabam bem, nem falar de princesas que amam sapos. Esta noite será apenas do que vejo e sinto, do que realmente me circunda, prende, abafa e me escapa à compreensão. Algo de concreto que não passa de alucinação. «Seja como for», sol ou lua, um peixe nos oceanos ou um grão de areia no deserto; seja algo conhecido, “igual” a muitos mas intocável. Aquele é inalcançável. Para mim seria sempre culpa de quem tenta pegar, de quem quer alcançar. O mal é sempre dos outros, dos que não partilham das mesmas ideias que eu, pois enquanto penso e defendo o que penso, não sairei desta bola de sabão que não passará dos meus «acho's» e «não acho's». Tenha sido ela uma recruta intelectual, uma ventania de outros pensares, uma reflexão introspetiva assimétrica às minhas ideias, «whatever»… Mudasti! Afinal, trata-se de um coração inalcançável e cheio de receios.

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